História e Regras de Judô, Wrestling, Taekwondo, Karatê, Boxe, Jiu-Jitsu e MMA

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Em artigo antecessor a este, “Você conhece as diferenças entre as Superfícies para Lutas com POSIÇÃO ORTOSTÁTICA PREDOMINANTE e DE SOLO?”, investigamos os diferentes tipos de Pisos, utilizados nas principais Artes Marciais e Esportes de Combate, identificando quais características de cada modalidade regiam as característica técnicas dos produtos recomendados por suas respectivas Federações Esportivas Internacionais, para garantir a máxima Segurança, Desempenho e Conforto aos lutadores .  

Desta vez, vamos examinar as regras e especificidades técnicas de cada Esporte, procurando entender a razão para a configuração vigente de suas Áreas de Luta, e suas Superfícies para Lutas correspondentes, tendo em vista que as regulamentações e normas de muitos destes estão em constante mudança, então é sempre bom consultar diretamente com o órgão máximo de cada modalidade no momento da aquisição. 

O formato, tamanho e divisões das Áreas de Luta, assim como as regras de pontuação e definição do vencedor, com relação à movimentação e interação dos atletas sobre estas, influenciam diretamente nas estratégias, posturas e atuações destes. 

As propriedades físico-mecânicas, como a absorção de impacto, coeficiente de deslizamento e densidade, assim como suas descrições e denominações características mais táteis e sensoriais, como a intensidade do atrito com a pele do praticante, devido a suas texturas superficiais, ou a sensação de maciez ao pisar com os pés descalços nestes revestimentos, são atributos essenciais para garantir destreza aos golpes, defesas e esquivas entre adversários, e sobretudo, ao longo dos anos, maior longevidade de performance destes, independentemente da idade.

Tatamis para Judô 

O Judô é uma Arte Marcial de origem japonesa do século XVII, praticada em Dojôs com Áreas de Luta quadradas de 14 a 16m, formadas por de 98 a 128 Tatamis Olímpicos retangulares, com dimensões de 1 x 2m, dispostos em configuração alternada, para promover o perfeito alinhamento e travamento das peças. 

Segundo a Federação Internacional de Judô (IJF), o objetivo desta modalidade é a Pontuação pela correta aplicação de 1 Ippon no adversário, pontuação cumulativa dos golpes Waza-Ari (½ Ippon), e/ou Yuko (⅓ Ippon), das penalidades Shido (não atribui pontos ao adversário), Chui (Yuko para o adversário), Keikoku (Waza-Ari para o adversário), e/ou Hanso-Kumake (Ippon para o adversário), ou imobilização do adversário por 30 segundos, no tempo total de 5 minutos para os homens sênior e 4 minutos para as mulheres sênior:  

Embora a área total de 196m² a 256m² seja relativamente grande para uma modalidade de Solo, quando comparada a alguns dos outros Esportes de Posição Ortostática Predominante que veremos a seguir, a Área de Combate em si possui apenas de 8×8 a 10x10m, desconsiderando a Zona Perigosa e Área de Segurança. É possível considerar que esse espaço “a mais”, pode se dar pela ênfase do Judô em pontuar o golpe que derruba, como, por exemplo, o Osoto Gari, e a maneira como o adversário cai em resposta a ele, a despeito das muitas técnicas de imobilização que existem na modalidade.

Manta Olímpica para Wrestling

Uma das formas de combate mais antigas do Mundo, estima-se que seu surgimento no Egito possa ser datado de 2.400a.C., e sendo amplamente difundido na Grécia Antiga, onde a prática recebeu o nome de Luta Greco-Romana. Atualmente é dividida em 2 modalidades, a Luta Olímpica, onde só se usam os braços e o tronco, e a Luta Livre, que permite o uso das pernas, mas nas duas o objetivo é imobilizar o adversário de costas para o chão, com seus ombros encostando neste, durante 2 rounds de 3 minutos cada, com decisão por pontos, por golpes e punições, caso o vencedor não seja definido nesse limite de tempo.

Segundo a United World Wrestling (UWW), a Manta Olímpica deve possuir dimensões de 12x12m, mas diferente do Judô, em que as delimitações de Áreas são quadradas, na Luta Olímpica, adota-se um formato radial, em que o círculo central é a Área de Combate, com 7m de diâmetro, o anel em volta deste é a Zona de Passividade com 1m de largura, e fora deste é a Área de Proteção, à partir da qual a Luta é interrompida caso ocorra uma pisada, de um atleta de pé, um toque das duas mãos, para um competidor ajoelhado, ou uma encostada de cabeça, para um lutador que esteja deitado sobre a barriga.

O fato do raio da Área de Combate ser de apenas 3,5m, e de que, diferentemente do Judô, passados 15 segundos na Luta de Solo sem ação, a disputa é interrompida fazendo com que os 2 atletas voltem a lutar de pé, indica um incentivo das regras, e do campo de competição a inibir a fuga ou passividade no combate, talvez até por isso seja instituída uma pausa de 30 segundos entre os rounds, a fim de promover relativo descanso para que os combatentes possam retornar com maior combatividade.    

Assim como o Tatami do Judô, o revestimento de Wrestling deve permitir aos atletas movimentos e viradas rápidas, absorção de impacto adequada, e máxima e proteção contra lesões e fadiga nas articulações, com textura superficial não abrasiva, para necessidades de Combate no Solo e densidade adequada para garantir firmeza na Fase Ortostática.

Tatamis para Taekwondo

Originado na Coréia do Sul em 1955, o Taekwondo possui Área de Competição com 8x8m, circunscrita a uma Área de Segurança de 2 a 4m de largura, em configuração quadrada similar à do Judô, mas sem inexistência de uma Zona Perigosa, por serem estilos de Luta completamente diferentes. O 2º com enfoque em derrubar o oponente e imobilizá-lo no Solo, e o 1º com o objetivo de usar as mãos, pés, punhos, joelhos e cotovelos, para, de pé, ou em saltos, atingir o taekwondista adversário com chutes e socos, nos protetores de torso e cabeça, visando marcar pontos e evitar penalidades, em 3 rounds de 3 minutos. 

A vitória está atrelada à aplicação de golpes em partes determinadas do corpo do oponente, sem a necessidade de derrubá-lo ao chão, portanto, os Tatamis Olímpicos de Taekwondo recomendados pela World Taekwondo (WT) possuem espessura menor, densidade maior e textura mais antiderrapante do que as superfícies utilizadas em Lutas de Solo, para garantir mais firmeza na postura e aplicação de golpes e saltos, devido a Posição Ortostática Predominantes desta modalidade.

Tatamis para Karatê

De acordo com a World Karate Federation (WKF), a Área de Luta deve possuir 8x8m, sendo envolta por uma Área de Proteção com 2m de largura, à partir da qual, quando ultrapassada por um dos karatecas, o combate é interrompido. A elasticidade e densidade do Tatami Olímpico devem ser moderadas, e as características antiderrapantes, da sua superfície, devem garantir a firmeza exigida para os karatecas realizarem os golpes, saltos e os chutes com total confiança e conforto, sem ocorrência de escorregões, ou contusões, no caso de eventuais quedas do atletas.

Similarmente ao Taekwondo, o Karatê, que foi inventado no Sul do Japão, na província de Okinawa, no século XVIII, é lutado, predominantemente, de pé. Existem duas variações da modalidade, que estarão pela 1ª vez em Tóquio 2021. O Kata, onde uma performance sem confronto é avaliada por 7 juízes, e o Kumite, que contempla uma disputa de 3 minutos, onde, à partir de posições iniciais de equilíbrio, com respiração controlada, são originados socos ou chutes, com postura adequada, acompanhados de gritos, com a meta de atingir o adversário em partes específicas do corpo para pontuar, evitando advertências e penalidades. Vencendo, ao atingir 8 pontos, ou mais do que o oponente, até o fim do tempo.

O foco na boa técnica do Karatê fica evidente pelo caráter intermitente e monitorado do combate, já que depois de uma técnica ser aplicada, o árbitro central paralisa a Luta e o cronômetro, observa as confirmações de pelo menos 2 dos 4 juízes, posicionados em cada canto do Tatami, para só então registrar o ponto.

Ringue para Boxe

Ainda mais antigo do que o próprio Wrestling, há registros de formas rudimentares de pugilismo datadas de 3.000 a.C., no Egito, e também evidências de sua prática na Grécia Antiga, em meados do século 7 a.C., quando os lutadores protegiam as mãos com tiras de couro bovino, ressurgindo na Inglaterra entre os séculos XVII e XVIII, e sendo incorporado aos Jogos Olímpicos de St-Louis nos Estados Unidos, em 1904. Atualmente, os Ringues Oficiais, certificados pela Associação Internacional de Boxe (AIBA), possuem 1m de altura e dimensões quadradas de 7,80m, sendo que a Área de Luta possui arestas de 6,10m, dentro dos postes e cordas de proteção, e áreas de escape externas de 85 cm. 

Diferentemente das outras modalidades com posição ortostática predominante que vimos, o Taekwondo e o Karatê, o Boxe permite apenas a utilização dos punhos para atingir o adversário, objetivando o seu nocaute, embora as decisões por pontos atribuídos por árbitros e os Kockout’s Técnicos, ou TKO’s, sejam mais comuns, enquanto os Kockout’s (KO’s), onde o lutador perde a consciência, são raros. 

Entretanto, por conta dessa agressividade, e potenciais riscos de lesão, pelo impacto da cabeça do boxeador com a lona, em caso de eventuais quedas desta modalidade, os Ringues devem ser munidos de sistemas de amortecimento de choques, por molas espiraladas, e superfícies anti-abrasivas, desenvolvidas com revestimento de PVC, para garantir aos boxeadores total Segurança e Performance em todas as fases da Luta.

Tatamis para Jiu-Jitsu

Embora acredite-se que as técnicas da modalidade tenham surgido no Japão há mais de 3.600 anos, o “Jiu-Jitsu Brasileiro”, como é chamado em todo Mundo, que dá nome à International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJ), que, curiosamente, foi fundada e tem sede atualmente nos Estados Unidos, foi trazido ao nosso país pelo mestre de artes marciais japonês Mitsuyo Maeda em 1914. 

Inicialmente criada com a intenção de garantir a defesa pessoal do praticante, o Jiu-Jitsu, que possui similaridades com diversas outras formas de combate de Solo, como o Judô, se baseia no equilíbrio, e nas articulações e alavancas corporais, com o objetivo de derrubar e imobilizar o oponente. Através de técnicas de projeção e queda, imobilização, como o joelho na barriga e a montada, inversão de posições, quando o lutador se encontra por baixo, perdendo o domínio da Luta, como a passagem de guarda e raspagem, a disputa pode ser definida por finalização ou contagem de pontos, evitando-se as punições, que podem acarretar na perda de pontos, ao invés de contabilizar pontos para o adversário, como em outras modalidades, ou até em sua desclassificação.

O Tatami Oficial para Jiu-Jitsu possui superfície com textura similar à palha de arroz, oferecendo baixo atrito para não “queimar” a pele dos combatentes, esfregando-se em sua superfície na Fase de Solo, mas também uma aderência (grip) adequado para evitar escorregamentos, com densidade média para oferecer firmeza durante a movimentação rápida do atleta, enquanto de pé. Sua absorção de impacto também é um fator importante nos momentos em que um jiujiteiro projeta, arremessa ou dá slams, e o outro cai, exigindo grande Segurança, Performance, Durabilidade e Qualidade dos Tatamis.

Octógono para MMA

Uma das formas de combate mais recentes, com origem brasileira e gradativa a partir do Jiu-Jitsu da Família Gracie, entre as décadas de 30 e 90, o Mixed Martial Arts (MMA) é uma fusão entre os estilos de Luta com Posição Ortostática Predominante, como o Boxe, o Karatê, e o Muay Thai, e os de Solo, como o Judô, resultando numa grande quantidade de técnica à disposição dos praticantes deste Esporte de Contato, que utiliza golpes com os punhos, pés, cotovelos, e joelhos, além de agarramentos (grappling), lançamentos e alavancas, assim como chaves de braço, leglocks e estrangulamentos, para decidir a luta por knockout, finalização ou pontos.

Por conta desta diversidade e relativa incipiência de origem, surgiram uma grande quantidade de franquias, cada qual com sua respectivas competições de nível local e mundial, criando um dificuldade de unificação das regras, com quantidades de rounds por Luta, e durações não equivalentes para estes, evidenciada hoje pela existência não de um, mas de dois órgãos máximos da modalidade, a International Mixed Martial Arts Federation (IMMAF) e o World Mixed Martial Arts Federation (WMMAF).

Isso se reflete na não padronização das dimensões das Áreas de Luta entre as diferentes organizações, resultando não apenas em tamanhos, mas também em formatos diferentes. O UFC, por exemplo, utiliza uma gaiola elevada em 1m, com formato octogonal, arestas de 9,1m, ângulos internos regulares de 135º, 1,8m de altura da grade, e de lona revestida de PVC com espessura de 30mm, similar à utilizada no Wrestling, com sistema de de amortecimento em molas parecido com o do Boxe. O que faz sentido, se pensarmos que estamos essencialmente misturando as necessidades de Combates com Posição Ortostática Predominante, com os de Solo.  

Esses Cages são desenvolvidos com elementos estruturais em aço carbono, estofados em espuma poliuretânica de alta resiliência para garantir máxima segurança aos praticantes de artes marciais mistas, durante seus treinamentos e competições de alto rendimento. Possuem metodologia de montagem e desmontagem rápida, sendo os postes apoiados e soldados em placas de aço para minimizar movimentações e evitar vibrações no piso da área de combate. Isso auxilia no aumento da estabilidade e firmeza de todo o conjunto.

RECOMA, campeã brasileira indiscutível dos Pisos para Lutas

A RECOMA oferece Superfícies para Lutas com Segurança e Performance Certificadas pela principais Federações Esportivas Internacionais (IJF, UWW, World Taekwondo, WKF, AIBA, IBJJF e IMMAF/WMMAF), e Qualidade, Durabilidade e Conforto aprovados pelas mais rigorosas Normas Técnicas Internacionais, já tendo executado projetos diferenciados para Centros Esportivos, academias e competições oficiais no Brasil e na América Latina.

Saiba mais sobre os nossos produtos e serviços em nosso site: http://www.recoma.com.br

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