Esportes

Origens dos Esportes Aquáticos e a Evolução das Piscinas Esportivas

Tempo de leitura: 6 minutos

O Episódio 5 de 10 da Série RECNEWS traz como destaque os Esportes Aquáticos, contando a História, o Desenvolvimento Tecnológico e as principais Curiosidades sobre a Natação, Maratonas Aquáticas, Saltos Ornamentais, Nado Sincronizado e Polo Aquático.

A humanidade primitiva encontrou formas de flutuar sobre as águas para atravessar rios e lagos, assim como realizar pequenas incursões e travessias marítimas, mas apenas mais tarde os corpos hídricos serviriam para fins de Lazer, Exercício, Esporte e Terapêuticos.

Origem e Evolução da Natação e Maratonas Aquáticas


Nesta primeira parte sobre o Episódio 5 da Série RECNEW,  vamos apresentar a Origem da Natação e das Maratonas Aquáticas, modalidade com disputas em águas abertas realizadas há cerca de 2 mil anos.

Natação

Os primeiros registros sobre formas de Natação foram encontrados em desenhos rupestres de cavernas da Idade da Pedra de 10.000 – 7.000 a.C. Acredita-se que o “nado cachorrinho”, em que braços e pernas remam impulsionando para frente e para cima, abaixo da superfície da água, tenha sido o primeiro estilo a ser aprendido pelo Homem Primitivo, observando os animais.

Além dos hieróglifos mostrarem a navegação com barcos à vela subindo o rio Nilo, os egípcios foram os primeiros povos estabelecidos a praticarem a pesca com lanças, redes e varas, enquanto os filhos dos Faraós aprendiam a nadar desde cedo, com informações deste período datadas entre 3.000-2.500 a.C.

Murais de 865 a.C. ilustram Reis do Império Assírio na Mesopotâmia (atual Iraque) nadando no Rio Eufrates, acompanhados de seus exércitos. Em Epopeias como Ilíada de Homero, de 762a.C., a Natação era representada pelos exércitos Troianos como correntezas dos rios afluentes de Tróia, enquanto os soldados gregos eram retratados pelas ondas do mar avançando sobre a costa, auxiliadas pelas tempestades e redemoinhos de Deuses como Zeus e Poseidon.

Natação como Esporte

A Natação como Esporte não era amplamente praticada pela sociedade até o começo do Século XIX na Europa. Neste período, competições começaram a ser organizadas com a prática de uma modalidade similar ao estilo de bruços ou peito.

No final da década de 1880, um marinheiro inglês presenciou a braçada e uma espécie de chute em tesoura sendo usado para flutuação pelos povos sul-americanos nativos. Ele eventualmente foi morar na Austrália, onde se tornou professor de Natação e passou a ensinar o que se tornaria o chamado estilo “Crawl Australiano”.

Nos primeiros Jogos Olímpicos Modernos, em 1896, observou-se a experimentação de variações do Estilo Livre com técnicas dos nados Peito e Crawl. O nado Crawl se demonstrou a escolha mais rápida para os nadadores em qualquer distância, tornando-se sinônimo do Freestyle, enquanto a modalidade Peito foi separada nos Jogos de 1904, quando também foi introduzido o estilo de Costas, uma espécie de “Front-Crawl de-ponta-cabeça”, sendo a única prova que começa dentro da piscina.

Nos anos 30, técnicos de Natação começaram a notar que o nado de Peito ficava mais rápido, quando o nadador recuperava a braçada com seus braços fora da água, dando origem ao estilo Borboleta, que se tornou uma modalidade separada nos Jogos de 1956.

Já o estilo Medley foi introduzido nos Jogos de 1964, e hoje é composto por trechos de mesma distância dos 4 estilos na seguinte ordem: Borboleta, Costas, Peito e Crawl (para o Individual) e Costas, Peito, Borboleta e Crawl (Revezamento).

Piscina Olímpica

A Piscina de Natação Olímpica para Competições Oficiais da Federação Internacional de Natação (FINA), que regulamenta todas as modalidades aquáticas, possui as medidas de profundidade no mínimo 2m, mas recomendação de 3m, com 50m de comprimento, por 25m de largura. A piscina deve ser dividida em 10 raias de 2,5m, das quais apenas 8 são utilizadas como forma de minimizar as turbulências das águas e suas influências, garantindo a igualdade de condições entre os nadadores em todo o mundo.  

A estrutura dessas Piscinas pode ser construída com materiais convencionais, como concreto, alvenaria e ladrilhos para serem operadas por seus componentes hidráulicos, como sistemas de bombas, filtros e aquecimento, e tubulações. Atualmente, existem no mercado Piscinas em painéis metálicos e de fibra de vidro revestidos por liner de PVC.

Essas novas tecnologias modulares podem reduzir o custo de implementação e manutenção das Piscinas Esportivas, aumentado a balneabilidade, a qualidade das águas e as oportunidades de acesso ou contato primário para educação aquática, que podem ajudar a minimizar os alarmantes índices de mortalidade infanto-juvenil por afogamento divulgados pela Sociedade Brasileira de Salvamentos Aquáticos (Sobrasa) em 2019. Você pode conferir mais informações em nosso post anterior: Balneabilidade, Educação Aquática e as NOVAS Tecnologias em Piscinas Esportivas

Maratonas Aquáticas

Disputada em Águas Abertas, como oceanos, lagos, baías, rios e canais, a Maratona Aquática é remanescente das famosas Travessias Marítimas. Há 145 anos, o capitão inglês Matthew Webb se tornou o primeiro homem a cruzar a nado (de peito), em 21h e 45min, os 34 km do Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a França, inspirando muitas outras tentativas de travessias ao redor do mundo.

No entanto, as disputas em águas abertas já eram praticadas a mais de 2 mil anos atrás. Para termos uma ideia da proporção que esta modalidade ganhou, as primeiras competições de Natação em Olimpíadas aconteceram em águas abertas: na Baía de Zea, em Atenas 1986; no Rio Sena em Paris 1900; Lago do Forest Park em Saint Louis 1904 (que pôde contar com quebras de recordes devido à correnteza a favor).

Por conta disso, em Londres 1908 foi construída a maior piscina fechada já vista até hoje em Jogos Olímpicos, com 100m de comprimento, construída no meio do campo do Estádio de White Castle, espaço ao lado de onde aconteciam as provas de Atletismo. 

Programa Olímpico

A Maratona Aquática teve sua inclusão oficial no programa olímpico somente nos Jogos de Pequim, em 2008. O percurso estipulado pela FINA para competições oficiais deve medir 10 km de distância, com largada em uma plataforma fixa, devendo ter no mínimo 1,4m de profundidade. A temperatura da água precisa estar entre 16 e 31ºC.

Descubra mais curiosidades sobre os Esportes Aquáticos no Episódio 5 da Série RECNEWS

Assista ao vídeo na íntegra:

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